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segunda-feira, 14 de abril de 2014

Acordado ou delirando?




A vida poderia ser tão simples.
Todos colheriam flores silvestres.
Trabalhariam por prazer.
Equidade seria a palavra de ordem.
Cárceres só para ressocializar.
Crianças sorririam indefinidamente.
Senilidade sempre precedida de afagos.
Promoveríamos guerras na busca da paz.
Armamentos seriam achocolatados.
Transitaríamos por ruas e morros entre abraços e beijos.
Descobertas científicas libertariam as doenças da mente.
Predominaria a educação entre alunos e mestres.
A fidelidade moral balizaria as famílias.
A fome seria literalmente extinta.
Torturar, extorquir, usurpar seriam palavras desconhecidas.
A ordem seria mantida por céleres tribunais.
O reino animal desconheceria coleiras, jaulas ou qualquer forma de judiação.
O amor ditaria normas e padrões sociais.
Acabo de acordar...
A vida é um conflito sem fim.
Poluímos a flora.
Trabalhamos muito pouco por satisfação.
Justiça é uma desordem.
Presídios destroem a honra.
A juventude anda sem controle.
Velhos são atiçados em leitos impróprios.
Criamos guerras com fins exterminantes.
Armas sofisticadíssimas matam indiscriminadamente.
A cidade nos convida ao medo e bala perdidas.
Multinacionais em sua grande maioria nos contamina com seus medicamentos.
Escolas se tornam campos de batalha.
Imoralidade e traição são comumente atributos na família.
A inanição homenageia um bilhão de pessoas diariamente.
Locupletar-se é o que mais sabemos fazer.
Recursos é uma praga que abraça o judiciário.
Tratamos os animais como moeda de troca.
Falamos tanto de amor e muito pouco sabemos como utilizá-lo.
Já que estou delirando...

Preciso achar um bom termo.


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