Pesquisar este blog

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Saber controlar...





Saudade não se perde como um redemoinho.
Circula entre as savanas e volta com o leito do rio.
Logo banhado pela água barrenta que invade campos tórridos, umedece.
Assim somos. Lacrimados por tal dor que vai e volta.
Se frívola é pela defesa da alma para não tanto sofrermos.
Por vezes nos faz imaginar silenciosamente no frio noturno.
Noutras nos leva a loucura, sendo ou não relampejante.
Pode até nos encarcerar em masmorras intransponíveis.
Quando drásticas nos faz moribundo ou até suicidas.
Não olhe a saudade como desprezo ou dificuldade - é só saudade.
Sentir saudade é acreditar que sempre teremos a oportunidade de renovação.
Senti-la não passa de algo absolutamente humano e se possível controlável.
Claro que dói.
Senão não seria saudade.
Provavelmente levaram pessoas a loucura ou desprezo pela vida.
Acho que sentir saudade é estar junto e criar um mundo de respeito e afeto.
Devemos saber conviver com ela e se não podemos substituir a contento, paciência.
O bom da saudade é que o pensar viaja na dor e no amor.
Descobrimos tal sentimento em quaisquer época da nossa vida.
Sem dúvida quando ficamos saudosos o corpo entorpece e as ideias se confundem.
Pensamos em retroagir o tempo e normalmente afirmamos o porque não nos conhecemos antes.
Literalmente saudade por coisas inanimadas ou vivificadas - devemos compreender.
Assim somos, seres que superamos determinados estados saudosos ou não...
Não podemos perder a capacidade da lembrança gostosa e que alimenta os sonhos e a alma.
Tenha saudade.
Alimente a saudade.
Diga que tem saudade.
Transforme a saudade.
Acredite na saudade.
Mate a sede da saudade.
Sofra saudosamente.
Visite a sua saudade interior.
Veja pessoas e diga que estava com saudade.
Não morra de saudade - caso contrário ela não mais existirá.


Não tenha medo dela, ela é uma forma de vida !




Nenhum comentário:

Postar um comentário