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sábado, 2 de agosto de 2014

Indefinível.


Escrever é ficar sentado, pensando, pensando, pensando... 
Pronto - bunda na cadeira e não estorvar, desembaraçar.
Tempo que rompe limites, nesse mundão de meu Deus.
Horas dá prazer, outras é fazer por fazer. Inexplicável.
Podemos falar da morte, da sorte, simples ou desconexo.

Escrever é coisa de dar em doido. 
Seu manicômio.
Sua terapia.
Droga do prazer.
Vontade intransferível.
Teia de aranha.

Escrever é um ato sublime.
Termina às guerras.
Promove o sorriso.
Descansa fuzis.
Bandeira da paz.

Escrever é soltar o verbo.
Deslocar-se no infinito.
Ficar aflito.
Chamar o endo-amor.
Chorar por sorrir.

Escrever é um mistério.
Nunca tem inicio nem fim.
Segue como cachoeira.
Transpõe barreiras.
Logo chega-se ao mar.

Escrever é um magnífico prazer.
Por tudo podes conceber.
Um sorriso de criança.
Os arroubos da adolescência.
Morte senil por ti receber.

Escrever é litúrgico.
Sacrilégio? 
Preconceito religioso?
Forma pré-definida?
É laico.

Escrever não tem forma é mórfica.
É independente. Único exemplar.
Como uma proteína, uma enzima, uma vida.
Nisso, por escrever transitas em qualquer espaço.
Existe na sua própria complexidade.

Escrever é de extremo prazer.
É um direito de todos.
Literalmente democrata.
Não precisa do voto.
Lhe faculta existir.

Escrever é trazer o passado.
Chancelar o presente.
Prever o futuro.
Ressuscitar mortos.
Fazer dá vida um novo nascer.

Escrever é uma arte que revigora a alma !

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