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terça-feira, 29 de julho de 2014

Museu Solar Ferrão.

Pululei quando aqui adentrei.
Sincretismo?
De tudo um pouco, talvez muito.
Avalanche num sobe e desce interminável.
Confunde, nos faz afundar no desconhecido.
Grafismo, retábulo, alquimia, morfismo primata...
Um angelus(mensageiro) sem fim.
Precisaríamos de mil olhos para perceber a sutileza do genial.
Francismo Martins de Bulhões(Lisboa 1195), porque o Santo Antonio?
Não tem preço; lutador.
Em gritos de batalha, ele o guerreiro São Miguel Arcanjo.
Tapiramutá na Chapada Diamantina o brilho de Chico Santa Maria(XVIII).
Maquineta! Onde já se viu saber que isto é um pequeno oratório.
Quanta honra após trinta anos me deparar com o Alquimista do Som.
Smetak, o dilúvio septuagenário e suas criações incompreensíveis.
Reta da curva, mulher faladora, pássaro mamífero, colóquio, Choris, o som impossível.
Encabulado com máscaras que pareciam, insinuam dizer alguma coisa. 
Um passeio nas loucuras e seus rituais.
Como diz o Bahiano: Porreta !
Uma viagem sem LSD!
Um Museu que extraí ferrões!
Na seção africana pude compreender o ilimitado poder da arte.
Antropomórfica, zoomórfica, zooantropomórfica;
eis o texto:
Diferentemente das sociedades ocidentais, nas quais a máscara tem a função de esconder
ou disfarçar, nas sociedades africanas ela é símbolo ou um ícone que tem a função de revelar, 
a presença de uma entidade do mundo espiritual, um fundamento moral, ou a história da origem 
da comunidade.
Copiar este texto tornou-se obrigatório pelo lado antropológico.
Quero dizer com isso, o quanto devemos remar uniformemente no caminho das artes em suas
diversas formas, conceitos, modelagens, épocas e latência na espera do inesperado.
Podemos e devemos trocar informações sempre que possível.
Finito são os homens, não a sua arte de procriar em ferro, bronze, madeira, tinta, escrita, no toque 
especial que obrigatoriamente descobriremos que sem a arte é impossível viver sem às imagens.
Se tudo não foi visto ou percebido nos mínimos detalhes - certamente nos falte a capacidade
de saber identificar os sinais numa tarde chuvosa neste belo Solar Ferrão.

Se eu fosse você visitaria; mesmo que depois a benção da terça no Pelourinho nos escravize
no limite que nossa mente nos impõe.

Meus agradecimentos a forma cordial que fui atendido pelos funcionários desta instituição.




Tony Almeida




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