Pesquisar este blog

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Ser ou não ser?



Que são pessoas sincericidas?
 Aquelas que usam a sinceridade absoluta e total no momento errado e lugar errado. Até aí tudo bem.
Mas porque não podemos ser sinceros em todos quadrantes do nosso dia a dia?
Acredito que seja por conveniência ou para dissimular situações que podem constranger o ambiente.
Ser discreto é sem sombra de dúvida uma aptidão que devemos carregar sobre nossos lombos, tendo dois objetivos: primeiro - passamos a ser bem vistos perante os olhares dos críticos de plantão e em segundo plano, ninguém admira que se auto intitula conhecedor dos sete mares.
Mas devemos ocultar, esconder, fingir, tornar-se piedoso na maioria das vezes? Sei não, sei não...
Nos arvoramos na maioria das vezes das nossas atitudes, tentando conotar verdades absolutas.
Claro que às verdades não são absolutas, pelo contrário, tudo é passível de sofrer repressões e puxão de orelha se o seu passado por várias razões o acusa inapelavelmente.
Porém, todos que acusam todos por este ou aquele motivo, levam consigo o dosímetro do erro, da dúvida, da maldade, da falsidade, do crime cometido dolosamente ou simplesmente equivocaram-se.
Este conflito "sincericida e sinceridade" é muito mais retórica que realidade. Não precisamos do excesso nem de um nem do outro. Ambos se completam no momento adequado. Basta ser verdadeiro !
O bastão da verdade é pesado, dúbio, inconsequente, oportunista, melindroso. Requer muito mais cautela que qualquer denominação gramatical. Verdades são para serem ditas e para isso não precisamos usar de subterfúgios medíocres.
Tornar público pensamentos e levar informações improcedentes em benefício próprio é uma prática comum em nossos meios, quer seja em nossa casa, trabalho, plenários, rituais, tribunais - prática comum.
Acredito que convivemos muito mais com as mentiras que as verdades no nosso cotidiano. Engano-me?
Nossa sociedade precisa das mentiras para sua própria proteção.Escudo que metabolizamos das prováveis setas que possam nos atingir e denegrir a nossa imagem perante o que porventura se apresente.
Omissão e discrição é bem mais elegante; mas verdades bem dosadas devem prevalecer na grande maioria das nossas vinte e quatro horas de sol e lua.
Todos conhecem a clássica pergunta: tá tudo bem? Tudo bem ! Mas nem tudo está tudo bem.
Nada pode estar tudo bem. Talvez equilibrado. Se estivessem bem, o por quê desta pergunta?
Evidentemente que existem dias que acordamos ou no próprio decorrer deste, passamos a resmungar de situações que não foram bem resolvidas e passamos a dizer - que merda.
Assim damos vida às verdades e inverdades ou sincericida e sinceridade.
Nosso espaço e às energias que emanam dele, promovem e estimulam esta dicotomia nada prazerosa.
Estamos nas duas vertentes e saber comportar-se adequadamente para o dicótomo é uma prova da nossa espécie e seus mais variados tipo de comportamento.
Por uma questão de trato psicológico e antropológico, transitamos entre os dois campos da racionalidade e irracionalidade vulgar.
Como acredito que as dores sociais são bem mais evidentes que o conforto da alma, dou-me ao direito de
defender não de forma explícita os "SINCERICIDAS" na busca duma justiça diluente em oposição aos que
tomam fitoterápicos.

To be or not to be?
Confusion.

Nenhum comentário:

Postar um comentário